Cidades incertas (3)
LEONIE em Ítalo Calvino, le città invisibilli (1972)
Cidade vestida de novo todos os dias. Os restos da velha cidade fica em sacos de plástico à espera de serem recolhidos. A opulência da cidade verifica-se pela abundância do lixo de ontem. Ninguém sabe ou quer saber para onde vai o lixo da cidade.
LONGJUMEAU em Léon Bloy, Les captifs de Longumeau (1893)
Cidade de onde não se pode sair.
Cidade não localizavel onde ninguém é pobre. Os homens da cidade perderam o uso dos seus órgãos genitais.
MORIANE em Ítalo Calvino, Le città invisibili (1972)
Cidade cosntruida sobre um rio e montanha. Cidade com uma face oculta, basta efectuar meio círculo para descobrir a verdadeira cidade. De um lado ao outro da cidade as perspectivas multiplicam as imagens revelando que na verdade a cidade não tem espessura, mas tem dois lados inseparáveis tais as duas faces de uma moeda.
NOVA SOLYMA em Samuel Gott, Novae Solymae Libri sex (1648)
Cidade de Israel e bastião da fé cristã construída sobre a antiga cidade Solyma. O povo de Solyma acredita que o universo é um vastíssimo útero.
OCTAVIE em Ítalo Calvino, le città invisibili (1972)
Cidade edificada por cima do vazio, num precipício entre duas montanhas. Cidade teia de aranha, segurada por fios, correntes e pontes suspensas.