At Dawn 157
Também eu achei fofinha a ideia de adoptar e educar um ouriço.
Numa noite em busca de uma das entradas para as catacumbas clandestinas de Paris, num dos túneis antigos dos comboios da PC (Petite Ceinture) encontrei um ouriço no escuro. Peguei nele com luvas e levei-o para o meu quarto alugado. Após duas semanas de convivência, o meu quatro começou a cheirar a bicho. Não cheirava mal, mas só cheirava a bicho.
O ouriço teimava em ocupar as minhas noites.
Teimei em ocupar os seus dias para equilibrar as noites em branco.
(...)
Quando já conseguia pegar nele sem luvas, percebi. Então, levei-o para o sítio onde o tinha encontrado.
Ana da Palma Sobre o ‘Gordo’ da Lara