Ontem, pareceu que tudo desabava.
Por um lado, percebo que os professores tenham um programa para cumprir. Um programa, aquilo que chamo o Pacto com os alunos, pais e com o Estado.
Por vezes, pergunto-me, devido a algumas experiencias enquanto encarregada de educação e formadora, se os programas não servem como escudo para esconder as fraquezas, os medos, as pressões que uma comunidade de encarregados de educação, cuja descrença na educação foi fomentada por reformulações programáticas, por questionamentos inquietantes pondo em causa a competência dos docentes.
Sempre tive um imenso respeito pela profissão docente, no meu percurso educativo em Paris, não se punha em causa o Palco dos Saberes, o que era bom, mesmo com o leque de diferentes professores. Penso que tal como foi dito dos artistas, o professor traz também o seu corpo.
Demorei um certo tempo em encontrar outra solução outra estratégia. Um esforço de ginástica mental para poder fazer sem interferir com algumas aulas.
Pensei nas metáforas dos semáforos do meu Caro Mentor e as luzes ao piscarem subtilmente ajudaram-me a encontrar outro caminho. Não sei até que ponto vai ser significativo para o que pretendo demonstrar, revelar, confirmar ou refutar...vai ser uma descoberta.
Reencontrei a força e o entusiasmo inicial e estou a preparar a apresentação de Terça-feira. Irei aparecer com uma máscara, que ainda estou a conceber (o papel está de molho! Mas depois tiro uma fotografia para poderem ver.). Será uma curta intervenção, posto que o filme dura cerca de 84 minutos e a sessão será de 90 minutos...contando com os eventuais atrasos das turmas...