Não encontrei nada sobre a procissão das pinhas na Barroca (dia 5 de Abril 09) Disseram-me que era uma tradição dos pastores.
Procurei no Dicionário dos Símbolos e só encontrei...Pinheiro....transcrevo aqui aquilo que pode ser útil para este mundo ocidental...mundo nosso..como aquilo que remete para o culto órfico...
PINHEIRO: (...)No iconografia ocidental, a pinha é às vezes representada entre dois galos que a disputam; o que não pode deixar de estar associado aos dois dragões que disputam a pérola; é o símbolo da verdade manifestada. (...) A pinha aparece muitas vezes na mão de Dionísio como se fosse um ceptro: exprime, como a hera, a permanência da vida vegetativa; e acrescenta este matiz: uma espécie de superioridade do deus sobre a natureza considerada nas suas forças elementares e embriagantes. Representa a exaltação da força vital, a glorificação da fecundidade. Os órficos prestavam a Dionísio o culto de mistérios, segundo o qual o deus morria devorado pelos Titãs, e depois ressuscitava: símbolo de eterno retorno da vegetação, e, em geral, da vida. Em Delfos, ele aparecia também durante três meses, reinando sobre o santuário, e desaparecia durante o resto do ano. Os historiadores vêem nisto um mito de religião agrária. O pinheiro era também consagrado a Cibele, deusa da fecundidade. Seria a metamorfose de uma ninfa, que o deus Pã teria amado. A pinha simboliza essa imortalidade da vida vegetativa e animal. (...)
Jean Chevalier, Alain Gheerbrant, Dicionário dos símbolos, Lisboa, Teorema, 1994, 527.