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ARESTAS

ARESTAS

Regresso

As agências de tradução voltaram ao trabalho
entre leituras
recensões
nenhum otium possível
...
com isto tudo
apercebi-me que as flores murcharam na jarra
deixo o seu ar de vegetal sombrio
inclinar-se sobre a mesa
e
o desejo de trabalhar com as mãos
urge
aplico-me a lixar superfícies
aplicar os produtos milagrosos
miraculosos
contra humidades
quase sabendo que os resultados nem sempre são aqueles esperados
a parte mais gira é...
imaginar de que cor poderei pintar as janelas
que cor?
hesito entre uma cor pálida e
um vermelho sangue

Orfeu

Aqui o prefácio de Jean-Paul Sartre para a antologia organizada por L.S.Senghor
(Léopold Sédar Senghor. Anthologie de la nouvelle poésie nègre et malgache de langue française précédé de Orphée noir par Jean Paul Sartre. Paris : P.U.F., 2002, p. XVI.)

Guatemala

Novidades sobre a campanha eleitoral na Guatemala AQUI AQUI
( NOTA: o conteúdo da notícia da EuroNews em português é bem diferente do conteúdo da mesma notícia em francês no mesmo site)
Já nos anos 90, a violência era latente nos discursos e presente nos homens armados que se encontravam em plena selva.
Lembro-me de um guerrilheiro guatemalteco na capital do México pronto para a luta armada, pouco tempo depois fiquei feliz com o Prémio Nobel da Paz atribuído a Rigoberta Menchu ...
Naquele tempo pensava que a palavra podia ser mais forte. Foram muitas as conversas no sentido de motivar um diálogo, mas depois quando cheguei à Guatemala apercebi-me que não era bem assim. Acabei por perceber o que o guerrilheiro exilado, que se dava a conhecer com outro nome e que marcava encontros em locais públicos muito frequentados, muito anónimos para me dar a ler uma série de folhetos, panfletos, artigos, etc., queria dizer...
Poucos dias antes das eleições em plena selva um americano foi decapitado. Diziam que era um espião...ainda hoje não sei...só me lembro da confusão e do desespero, só me lembro de uma campanha nitidamente manipulada pelos grandes partidos...
Índios pacíficos mas reprimidos...
homens e mulheres com medo de falar a sua língua
outros homens e mulheres a desejar um regresso de Rios Montt ...
outros ainda sem esperanças... apenas ilusões...

Sumt

Seguindo a inflexão
Trieste permanece na ponta
Não sei
porquê
não me perguntes
temos tormentos
o meu reside
em Trieste como
um caminho ainda in-acabado
são vários os meus caminhos por acabar
todos por origem SUMT
são veredas que se abrem
caminhos tortuosos
carreiros áridos
trilhos exuberantes
sendas percorridas e outras
sémitas por percorrer
sumt diz Predrag Matvejevitch que nos deu azimute e zenite
e procuro sem saber outras palavras entre caminho, veredas, carreiros, trilhos, sendas, sémitas
haverá uma
palavra que não seja nenhuma destas
que seja outra
sem ser um atalho
todas as palavras me prendem
não procuro nas outras línguas que me habitam
por enquanto é esta a língua que me atormenta

Dias com as palavras escritas

Entre a última recensão crítica para uma revista universitária,  sobre outra revista universitária que me fala de literatura africana, a entregar em breve, procuro o tempo de ler José A. Bragança de Miranda e Entre o Passado e o Futuro de Hannah Arendt ...palavras tentadoras...parece que o livro se abre sozinho e me procura, segue os meus passos no Imaginário...
Afasto-me necessariamente
há leituras de trabalho - o negotium - a fazer, mas a primeira citação do poeta francês interpela-me...de súbito tenho o livro nas mãos sem saber como aqui chegou
afasto-me
e regresso deliciada
afasto-me novamente
não há nada a fazer
como se houvesse leituras tão necessárias que me perseguem
e devoro como me delicio com um Magret de Canard au poivre vert
Se Pessoa me ensinou a não querer comer os chocolates todos de uma só vez...
pergunto-me quem me ensinará a esperar pelo magret de canard au poivre vert

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