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ARESTAS

ARESTAS

Tempo de espera

Quase indecisa
O sono do Imaginário é sempre mais descansado, mas o antro do Imaginário é semelhante à Ilha de Circe , sem feiticeira, o espaço preenche tanto que me custa sair mesmo quando é preciso...fraqueza minha?
Fraqueza sim...
Como deixar o Imaginário?
Sim...
não me perguntes porquê
para ti que perguntas tanto
me esperam ...
a gata
o sapo
e
tu
...
sim
dormirei no Imaginário
no teu corpo feito de
Acro...

Vestígio ígio púrpura
Acariciei a dentada e
Lembrei-me com um sorriso
Tantas e tantas vezes
Enlaçada comigo
Remirei o...

vestígio ígio...
Acariciei
Lembrança...
Tantas
Enlaçada...
Re ...

Vest ...
Aca ...
Lem ...
Tan ...
En ...
R

At Dawn 47

Absence meilleur des biens et cependant. Illumination donc repartir cette fois pour toujours et au retrour plus trace. A la surface. De l'illusion. Et si par malheur encore repartir pour toujours encore. Ainsi de suite. Jusqu'à plus trace. A la surface. Au lieu de s'acharner sur place. Sur telle et telle trace. Encore faut-il le pouvoir. Pouvoir s'arracher aux traces. De l'illusion. Vite des fois que soudain oui adieu à tout hasard. Au visage tout au moins. D'elle tenace trace.

Samuel Beckett, Mal vu mal dit

Flor

Recebi a tua flor
aquela feita de palavras
palavras entrelaçadas
antigas
presentes

Recebi a tua flor
não soube responder
impossível
dizer
depois de antes

Do outro lado
no espelho de mim
invertido
ainda vivo ao ritmo
de gemidos
roxos
contidos

uma voz
uma rouquidão
à beira de um riacho
nas margens de uma fonte
num chão de pedra
polida
uma voz
uma rouquidão esbanjada
nas entranhas
que me entra
igual

At Dawn 46

Fut-il jamais un temps où plus question de questions? Mort-nées jusqu'à la dernière. Avant. Sitôt conçues. Avant. Où plus question de répondre. De ne le pouvoir. De ne pouvoir ne pas vouloir savoir. De ne le pouvoir. Non. Jamais. Un rêve. Voilà la réponse.

Samuel Beckett, Mal vu mal dit

Tecer

Entre os planos
elaborados
reformulados
alterados
afinados
Teço palavras contadas
alinho palavras transpostas
e outras
minhas entropias

Para uma nova política educativa (1)

Aqui vai uns excertos traduzidos do texto que se encontra no sítio Ars Industrialis , mais precisamente AQUI

"Na Europa, “entre 1/3 e 2/3 das crianças têm um televisor no quarto, segundo os países e os meios sociais (cerca de 75% nos meios desfavorecidos em Inglaterra). Estes números aplicam-se às crianças entre os 0 e os 3 anos de idade». (Ver Children and young people in their changing media environment , publicado por Sonia Livingstone e Moira Bovill , Erlbaum ed , Mahwah , N.J e Londres, 2001).


Nos Estados Unidos, 40% dos bebés vêm regularmente televisão, DVD, ou gravações vídeo desde a idade dos três meses, a proporção passando para 90% a partir dos dois anos de idade: foi o que revelou um inquérito orientado por Frederic Zimmerman , no início do mês de Maio e publicado na revista Psychiatrics , vindo confirmar os resultados de um estudo feito em 2004 de que os bebés expostos aos programas de televisão entre um e três anos estão sujeitos a sofrer de um défice de atenção (attention deficit disorder ) quando atingem a idade de sete anos.


Há cerca de dois anos (no mês de Setembro de 2005), quando o INSERM pensou poder publicar em França os resultados de um inquérito sobre os distúrbios de concentração e as consequências frequentemente manifestadas sob a forma de distúrbios de conduta, revelou-se que, durante o estudo, praticamente nenhum cuidado foi dado aos efeitos devastadores da indústria televisiva e audiovisual sobre as jovens consciências. A estas causas, que são sociais e culturais, pelo contrário, o INSERM pensou encontrar bases genéticas. Isto levou o instituto a preconizar uma despistagem desde os três anos de idade das crianças supostamente predispostas a comportamentos anti-sociais.


O que o último estudo publicado sobre o assunto por Psychiatrics  confirma em 2007 é que os comportamentos anti-sociais ligados ao défice de concentração são em grande parte o que suscita a incúria de uma organização social que se tornou devastadora para a vida do espírito porque trata mal as consciências e, em particular, as mais novas logo as mais frágeis: aquelas de que devemos cuidar e a que devemos prestar o maior cuidado através daquilo que chamamos a educação. O que revela este estudo, é que a indústria televisiva destrói a educação.

Porque a concentração não é simplesmente uma faculdade psicológica: é uma competência social, há que adquiri-la e formá-la é da responsabilidade dos educadores, tanto dos pais como dos profissionais. Desde Jules Ferry, que generalizava uma tarefa que se atribuíam as Igrejas antigamente, a escola foi encarregada pelo Estado-Nação do papel de formar a concentração, em particular pela aquisição de disciplinas do espírito atento às matérias segundo as regras dos saberes elaborados e transmitidos de geração em geração.
No entanto, depois da 2ª Guerra Mundial, o sistema educativo e os media audiovisuais começaram a concorrer para captar a atenção das novas gerações. A partir do fim do século XX, esta concorrência tornou-se, com a pressão do marketing, um verdadeiro conflito, cujo resultado actual é um desastre psicológico, afectivo, cultural, económico e social. Não há a menor dúvida que as carências de concentração provocadas pela captação audiovisual da atenção conduzem à fragilização dos laços sociais de tal modo que apenas pode gerar uma insegurança generalizada.


O estudo do Dr. Zimmerman mostra que a captação da concentração pelas tecnologias audiovisuais conduz à destruição da mesma concentração. Precisamente onde a família e a escola encarregues de educar as crianças e a juventude formam a sua concentração, tanto no plano psicológico (enquanto faculdade de concentração), como no plano social (enquanto capacidade de cuidar de si próprio, dos outros e do mundo no seio do qual apenas é possível vivermos juntos com a condição de prestarmo-nos cuidados mútuos), as indústrias audiovisuais deformam-na por vezes ao ponto de a destruir – correndo o risco de se auto destruir dado que o zapping generalizado as condena, da mesma maneira que condena qualquer auto estima e dignidade humana. 

Aquilo que os pais e os educadores formam paciente e paulatinamente, desde a mais terna idade, alternadamente , de ano para ano na base daquilo que a civilização acumulou de mais precioso, as indústrias audiovisuais desmancham sistemática e quotidianamente com as técnicas mais brutais e vulgares – ao mesmo tempo que acusam as famílias e o sistema educativo deste ruir. Há que prestar homenagem aos educadores e professores que não renunciaram a lutar contra a incúria desta organização industrial.
É esta incúria que constitui a primeira causa do extremo enfraquecimento dos estabelecimentos de ensino como da fragilização familiar. Num contexto em que “o tempo de cérebro disponível” tornou-se simples mercadoria, os estabelecimentos de ensino e as estruturas educativas desmoronam-se umas após as outras.

Ora, com o ensino e a educação, é o próprio mundo que pode por sua vez vir a destruir-se.

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