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ARESTAS

ARESTAS

Noites de Música...MusiCaldas 2005

“Todas as artes aspiram a alcançar a música” (Walter Pater)
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Estas palavras de Walter Pater não são inocentes, pois temos conhecimento, através de exemplos simples, nas artes plásticas com Klee, na literatura com Virgínia Woolf ou na poesia em geral, do desejo do artista de se aproximar ou de se juntar à música. No que diz respeito a esta arte, tenho poucos conhecimentos, estes resumem-se a alguns anos de conservatório e vários anos de prática como simples ouvinte, deixando um imenso espaço para fruir a música de forma solta, livre e instintiva. Conta-se que a música tornou-se herança sagrada de Apolo, depois de este ter ganho vários concursos musicais, e que tem por madrinhas as nove Musas. Foi este deus que ofereceu uma lira a Orfeu a quem as musas ensinaram a tocar. A música de Orfeu, tendo uma origem divina, ajudou os argonautas a ultrapassar muitas dificuldades, venceu a escuridão e os monstros que a povoam para resgatar o amor. Depois da morte do músico, é a sua cabeça cortada que continua de presidir aos cantos e aos oráculos. A semana passada houve concertos todos os dias. Foi uma semana inteira de iguarias musicais programadas pelo Conservatório de Caldas da Rainha, no quadro do MusiCaldas 2005, oferecendo um leque notável de actividades para jovens músicos, juntando os mais novos aos maiores, num ambiente de estudo e trabalho assim como de convívio saudável, onde se criaram laços à volta de uma paixão ou de um interesse comum: a música. O concerto de abertura foi uma festa e uma surpresa. Além da brilhante execução de três jovens músicos, a segunda parte estreou uma peça encomendada pelo Conservatório a António Victorino d’Almeida, intitulada “O Pássaro que salvou o mundo”. O compositor explicou o título da sua composição e algumas palavras ficaram gravadas na minha memória. Posso tentar aqui repeti-las e sussurra-las, brevemente, mesmo se a voz não é a mesma: “ O mundo não precisa de ser salvo, porque não está em perigo (...) mas o NOSSO mundo está em perigo(...) A cultura pode salvar o nosso mundo”. A interpretação deixou a lembrança de uma harmonia entre vários ritmos, ora nossos, ora de mundos exóticos. Um dos concertos teve lugar num espaço privilegiado, a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, flauta e guitarra uniram-se numa elevação celeste. A seguir foi a riqueza lúdica de um duo italiano. Depois seguiu música romântica, com a interpretação sentida e rigorosa de Sofia Vinogradova. O concerto Sambeat-Sassetti foi um momento especial repleto de metrónomos invisíveis, onde o corpo se juntou ao ritmo da natureza e, em particular, aos elementos: o fogo e a água. Ora o piano foi tomado de assalto, ora as carícias foram tantas e tão fluidas que pareciam fazer jorrar uma água secreta. Foram breves, mas seguras as palavras de apresentação de Bernardo Sassetti. Juntou-se ao piano como se fosse o único sítio possível, ao lado do saxofone de Sambeat. O concerto decorreu num diálogo de proximidade entre os dois instrumentos, obedecendo a um ritmo regular, simétrico, numa periodicidade e repetição que levaram à oscilação; evocando o homem que, também, é respiração, coração, passo, ritmo; relembrando os ciclos regulares da natureza. Ora o corpo escutava e insistia no peso da nota, ora se afastava como se tocasse fogo. Ora o ouvido escutava atento, como se o corpo fizesse sempre um último esforço para conquistar, aquela nota, aquela melodia, aquele tema e as costas se arredondavam como para conter a energia que a seguir libertava na procura repetida, insistente e persistente, um quase aí, uma chegada que já era partida, com momentos de imensa tensão sustenida. O ouvinte atento era levado a uma euforia secreta e acabava por vacilar, enquanto o rosto do pianista acenava um não perpétuo que se transformou numa afirmação definitiva. Nas mãos a tensão chegava a um ponto máximo que quase atingiu, que quase chegou, quase partiu sempre e recomeçava, insistia, afastava, afagava as notas. O pianista fez corpo com o corpo imenso do piano, um corpo cheio de espelhos. As mãos ondulavam e o piano fez-se harpa, lira, canto ritual; fez-se saxofone, fez-se monstro, momentaneamente, domado, para retomar depois do espectáculo a sua condição de objecto. A noite seguinte viu jovens, como Jacinto Mateus, o vencedor deste segundo concurso de jovens músicos, ofertar-nos o seu trabalho, estudo e dedicação. Depois seguiram-se audições, para concluir com Jazz num duplo concerto de encerramento. Desta experiência ficou o desejo imenso de um novo encontro em 2006. (Gazeta das Caldas, 29/07/05)

Várias exposições, muitas tardes...Rafael Bordalo Pinheiro artes gráficas e cerâmicas

A última vez que estive em Paris, entrei, por mero acaso, no pátio de uma das faculdades de medicina da “rue des Écoles”, onde havia uma exposição elaborada e apresentada com recurso a toda a arte da tecnologia que impediu a minha adesão ao projecto expositivo. Era tanta a informação dada através de uma série de paneis, de reproduções, de ecrãs, de botões e de ratos que a ânsia e a dispersão me invadiram. A interacção era tão exagerada que acabei por passear pelo pátio onde presidia, num canto, uma estátua adequada para o espaço de uma faculdade de medicina. Pensei (os mecanismos da memória e da criação de elos e laços são complexos!) na primeira exposição que vi de Tinguely no Centro Georges Pompidou. Era igualmente uma exposição interactiva. Podíamos durante o percurso expositivo, tocar, brincar, movimentar as peças. A grande vantagem foi que a interacção adquiriu uma componente didáctica naturalmente. O conteúdo da exposição não importava. Não havia senão as cores e a luz criadas em torno de peças de grandes dimensões e outras mais pequenas. Eram construções de brincadeiras evocando, de certo modo, uma série de processos e formas artísticas, mas aprendi mais do que em qualquer outra exposição do mesmo género. Aquelas onde a informação é tanta e tanta a aliança interactiva no percurso expositivo que se torna enfadonho, que se transforma num elemento de distracção pouco produtivo e benéfico a nível da transmissão de informação. Dir-me-ão, que exagero! Agora que podemos beneficiar de tanta técnica e tecnologia! Que presunção! Que desejas tu, visitante preguiçosa, perniciosa e viciosa! Ou tudo ou nada!? Não, nem isto, nem aquilo, mas simplesmente contenção e respeito pela minha fraca e frágil capacidade de assimilação. Quando a informação é abundante e selvagem, a primeira manifestação fisiológica é um imenso vazio no estômago, uma vontade irremediável de comer qualquer coisa, pouco importa o quê e, no fundo, nem sei bem o quê! Quando a vontade educativa/didáctica dos comissários excede o meu poder ou capacidade de absorção, fico, também, com sede, uma sede insustentável! Resisto sempre educadamente, mas, dificilmente, domino a vontade maior de fugir para o bar do museu, ou a esplanada de outro bar qualquer e indolentemente beneficiar da languidez e do repouso tranquilos, sossegados e voluptuosos que propiciam uma água natural sem gás e um café com açúcar. Deslocar-se para ir ver uma exposição, um filme, uma peça de teatro, em suma um “projecto cultural”corresponde à vontade de estar em estado de alerta, sempre à procura de qualquer coisa que estimule outra coisa, não se trata de um esforço simples, é um esforço elaborado e que requer o devido reconhecimento por parte da entidade que organiza o “encontro cultural”. Desejo, simplesmente, o direito de poder desfrutar, aprender e apreciar sem que me digam qual é o caminho todo, basta orientar-me leve e subtilmente, que me dêem um espaço para a minha aprendizagem, para o meu conhecimento e reconhecimento das coisas! Que não me ditem o que se deve saber, basta-me o que eu desejo saber e o que pode permanecer na minha mente pequenina! Dêem-me coisas apresentadas sem artífice, prefiro! As exposições sobre Rafael Bordalo Pinheiro sucedem-se. A que se encontra no Museu do Hospital de que falarei noutra altura, posto que está patente ao público até Outubro, precisamente porque apresenta uma grande quantidade de material que requer tempo e dedicação, revela um percurso expositivo extremamente sensível e apropriado na recolha e selecção do material que traça uma parte da História das Caldas. A que está patente ao público no Museu de Cerâmica, de que falarei igualmente noutra altura de forma mais pormenorizada, tem a característica particular de acrescentar ao acervo exposto as novas tecnologias de media e acessibilidade, criando condições propícias a uma maior visibilidade, com uma grande componente didáctica, o que é louvável, contudo o aparato excede o conteúdo e cria-se uma distância entre o espectador e o material exposto, que só pode ser preenchida através de várias visitas. As reproduções fotográficas não resistiram ao grão, aos pontos ou píxels que se assemelham às obras dos “pontilhistas”, mas com um efeito menos prodigioso. A exposição inaugurada a semana passada no Museu João Fragoso apresenta peças lindíssimas e exuberantes como o lagarto gigante, mas além das peças de cerâmica que são de uma luminosidade e brilho perfeitos, uma atenção especial deve de ser dada aos moldes, posto que é a esta parte técnica do “fazer” que a exposição se dedica. (Gazeta das Caldas,22/07/05)

Uma tarde...com água (3) As termas

“Guardaste alguma ideia de Roma, cara Lou? Como é na tua memória? Na minha, não haverá um dia em que essas águas, as águas límpidas, preciosas e animadas, que vivem nas praças, essas escadas, construídas à semelhança de cascatas que de modo tão estranho fazem de um degrau outro degrau e de uma onda outra onda...” (R.M.Rilke) Em Roma, foram construídas termas cada vez mais magnificentes, com planos arquitectónicos simétricos, como as termas de Caracalla. Assim podemos imaginar o romano que, depois do seu trabalho quotidiano, chegava às termas por volta das quatro horas da tarde e ali permanecia até à hora de jantar, a conversar ou a descansar. Também podia ficar até muito mais tarde, pois as termas ficavam abertas até ao crepúsculo. No Inverno, o local era quente e acolhedor, no Verão era fresco e agradável. Algumas termas mais luxuosas tinham uma biblioteca e salas de conferências. O sinal de abertura era dado por um gongo. Já os fornos estavam quentes. Começavam a aquecê-los ao meio-dia. Por baixo dos banhos fazia-se um verdadeiro trabalho de formiga. A mais tardia estrutura das termas era suspensa, os romanos chamavam-lhe: “suspensura”. Este sistema foi atribuído a C. Sergius Orata. Era nesse inferno que trabalhavam os escravos. De fronte do forno, estava uma sala que se chamava: “praefurnium”, onde se encontrava o escravo que tinha a tarefa de alimentar o lume com carvão, cujo nome tinha origens gregas: “ hypocausis”, dando deste modo o nome ao forno: “hypocauste”. Numa das paredes havia um tubo, o “vaporium” que conduzia o ar quente até ao pavimento, às abóbadas, às paredes do “caldarium”, do “laconium” e do “tepidarium” onde chegava menos quente. O calor difundia-se pelos “parietes tubulati”. Eis então como começava o percurso iniciático. O vapor, o calor e a atmosfera muitas vezes propícia à sensualidade espalhava-se. Uma vez no “apodyterium”, os banhistas despiam-se. Conta-se que, por volta do século II, o romano era relativamente pudico e guardava o “subligamentum” para tomar banho. Mais tarde, quando a influência grega se fez sentir, já não se importava de entrar nu no “tepidarium”. Sentava-se nos bancos de pedra. Preparava a empola de óleo, a “strigula”, pequeno instrumento em ferro para raspar o óleo perfumado da pele, a toalha para o corpo: “lintea sabana”, a toalha para o rosto: “ lintea faciale”, a toalha para os pés: “lintea pedale” e, deixava a sua roupa nos nichos feitos na parede à altura da cabeça. Os banhistas mais ricos deixavam-na ao cuidado de um escravo, os outros ao cuidado do “balneator” ou do “capsarius”. Já o vapor invadia as salas, este ambiente de quente penumbra esperava os corpos. Uma vez despido, permanecia um tempo no “tepidarium”, local onde a temperatura era entre 25 e 30 ºC., com uma humidade de 20 a 40%, a conversar com amigos. Acostumava-se gradualmente ao calor. Depois, passava para o “laconium”, de calor seco ou para o “sudatorium”de calor húmido. Uma vez que o corpo estava ambientado a estas temperaturas, podia ir para o “caldarium”, onde a temperatura era de 50º C. e a humidade de 80%. Aqui já não falava muito. Suava e lavava-se ao som da água. Pois, havia no “caldarium” uma banheira: o “alveus”, onde a água estava em permanência a 40 ºC. Esta era larga de dois metros e permitia a 10 a 12 pessoas de se sentar e de permanecer um tempo, até o calor ser demasiado. Era neste local que se lavava com soda: “aphronitum” ou que raspava o óleo que tinha aplicado no corpo durante o dia, com a “strigula”. Para poder aliviar-se, momentaneamente, do calor, havia num canto do quarto uma abside, onde a água fria corria continuamente, enchendo o local do agradável e evocativo ruído da água que se espalhava...Depois ia mergulhar na piscina de água fria ao ar livre e nadar. Nos dias soalheiros, tomava-se banhos de sol no “solarium”. O fim da tarde passava-se neste ambiente conversando, comendo e tomando banhos repetidos. Coisas simples integradas na vida quotidiana. (Gazeta das Caldas, 15/07/05)

Sessão fotográfica...

Photogénie électorale
Certains candidats-députés ornent d’un portrait leur prospectus électoral. C’est supposer à la photographie un pouvoir de conversion qu’il faut analyser. D’abord, l’effigie du candidat établit un lien personnel entre lui et les électeurs ; le candidat ne donne pas à juger seulement un programme, il propose un climat physique, un ensemble de choix quotidiens exprimés dans une morphologie, un habillement, une pose. La photographie tend ainsi à rétablir le fond paternaliste des élections, leur nature « représentative », déréglée par la proportionnelle et le règne des partis (la droite semble en faire plus d’usage que la gauche). Dans la mesure où la photographie est ellipse du langage et condensation de tout un « ineffable » social, elle constitue une arme anti-intellectuelle, tend à escamoter la « politique » ( c’est-à-dire un corps de problèmes et de solutions) au profit d’une « manière d’être », d’un statut socialo-moral. On sait que cette opposition est l’un des mythes majeurs du poujadisme (Poujade à la télévision : « Regardez-moi : je suis comme vous »). La photographie électorale est donc avant tout reconnaissance d’une profondeur, d’un irrationnel extensif à la politique. Ce qui passe dans la photographie du candidat, ce ne sont pas ses projets, ce sont ses mobiles, toutes les circonstances familiales, mentales, voire érotiques, tout ce style d’être, dont il est à la fois le produit, l’exemple et l’appât. Il est manifeste que ce que la plupart de nos candidats donnent à lire dans leur effigie, c’est une assiette sociale, le confort spectaculaire de normes familiales, juridiques, religieuses, la propriété infuse de ces biens bourgeois que sont par exemple la messe du dimanche, la xénophobie, le bifteck-frites et le comique de cocuage, bref ce qu’on appelle une idéologie. Naturellement, l’usage de la photographie électorale suppose une complicité : la photo est miroir, elle donne à lire du familier, du connu, elle propose à l’électeur sa propre effigie, clarifiée, magnifiée, portée superbement à l’état de type. C’est d’ailleurs cette majoration qui définit très exactement la photogénie : l’électeur se trouve à la fois exprimé et héroïsé, il est invité à s’élire soi-même, à charger le mandat qu’il va donner d’un véritable transfert physique : il fait délégation de sa « race ». Les types de délégation ne sont pas très variés. Il y a d’abord celui de l’assiette sociale, de la respectabilité, sanguine et grasse (listes « nationales »), ou fade et distinguée (liste MRP). Un autre type, c’est celui de l’intellectuel (je précise bien qu’il s’agit en l’occurrence de types « signifiés » et non de types naturels : intellectualité cafarde du Rassemblement national, ou « perçante » du candidat communiste. Dans les deux cas, l’iconographie veut signifier la conjonction rare d’une pensée et d’une volonté, d’une réflexion et d’une action : la paupière un peu plissée laisse filtrer un regard aigu qui semble prendre sa force dans un beau rêve intérieur, sans cesser cependant de se poser sur les obstacles réels, comme si le candidat exemplaire devait ici joindre magnifiquement l’idéalisme social à l’empirisme bourgeois. Le dernier type, c’est tout simplement celui du « beau gosse », désigné au public para sa santé et sa virilité. Certains candidats jouet d’ailleurs superbement de deux types à la fois : d’un côté de la feuille, tel est jeune premier, héros (en uniforme), et de l’autre, homme mûr, citoyen viril poussant en avant sa petite famille. Car le plus souvent, le type morphologique s’aide d’attributs forts clairs : candidat entouré de ses gosses (pomponnés et bichonnés comme tous les enfants photographiés en France), jeune parachutiste aux manches retroussées, officier bardé de décorations. La photographie constitue ici un véritable chantage aux valeurs morales : patrie, armée, famille, honneur, baroud. La convention photographique est d’ailleurs elle-même pleine de signes. La pose de face accentue le réalisme du candidat, surtout s’il est pourvu de lunettes scrutatrices. Tout y exprime la pénétration, la gravité, la franchise : le futur député fixe l’ennemi, l’obstacle, le « problème ». la pose de trois quarts, plus fréquente, suggère la tyrannie d’un idéal : le regard se perd noblement dans l’avenir, il n’affronte pas, il domine et ensemence un ailleurs pudiquement indéfini. Presque tous les trois quarts sont ascensionnels, le visage est levé vers une lumière surnaturelle qui l’aspire, l’élève dans les régions d’une haute humanité, le candidat atteint á l’olympe des sentiments élevés, où toute contradiction politique est résolue : paix et guerre algériennes, progrès social et bénéfices patronaux, enseignement « libre » et subventions betteravières, la droite et la gauche (opposition toujours « dépassée » !), tout cela coexiste paisiblement dans ce regard pensif, noblement fixé sur les intérêts occultes de l’Ordre. (Roland Barthes, Mythologies, pp.150-152)

Leituras- Consolation de la Philosophie - Boèce

LIVRE PREMIER
1
Moi qui jadis composais des poèmes ardents et enjoués
Mes pleurs hélàs! me vouent à de mornes mélopées.
J'écris sous la dictée de Camènes déchirées de peine
Et les élégies baignent mon visage de larmes sincères.
Elles au moins ont refusé de se laisser intimider,
Elles ne m'ont pas privé de leur présence à mes côtés!

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