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ARESTAS

ARESTAS

Lembrete: Comuna de Paris 18/03/1871 e Semana Sangrenta de 21/05 a 28/05 de 1871

 

Texto de Gustave Courbet Journal Officiel de la Commune de 5 de abril de 1871

 

Hoje, Paris é livre, pertence-se e a província está na escravatura. Quando a França federada puder compreender Paris, a Europa será salva. Hoje, lanço um apelo aos artistas, apelo à vossa inteligência, ao vosso sentimento, ao vosso reconhecimento, Paris alimentou-os como uma mãe e deu-lhes o vosso génio. Neste momento, os artistas devem com todas as suas forças (é uma dívida de honra), participar na reconstrução do seu estado moral e do restabelecimento das artes, que constituem a sua riqueza. Por conseguinte, é da maior urgência abrir novamente os museus e de pensar seriamente na próxima exposição. Desde já, cada um deve pôr as mãos à obra e os artistas das nações amigas responderão ao nosso apelo. Já temos a nossa desforra, o génio vai levantar voo, porque os verdadeiros prussianos não eram os que inicialmente nos atacavam. Estes, fazendo-nos morrer à fome fisicamente, serviram os nossos interesses para reconquistarmos a nossa vida moral e elevarmos todos os indivíduos à dignidade humana.

Ah! Paris, Paris a grande cidade, acaba de sacudir o pó de todo o feudalismo. Os mais cruéis prussianos, os exploradores do povo, estavam em Versalhes.
A sua revolução é ainda mais equitativa por vir do povo. Os seus apóstolos são operários, o seu Cristo foi Proudhon. Há mil e oitocentos anos, os homens de coração morriam suspirando, mas o povo heróico de Paris vencerá os mistificadores e os atormentadores de Versalhes, o homem governar-se-á a si próprio, a federação será compreendida e Paris ganhará a mais bela glória jamais registada na história. Hoje, repito, que cada um seja desinteressadamente pobre. É o nosso dever para com os nossos irmãos soldados, estes heróis que morrem por nós. O bom direito está com eles. Os criminosos reservaram a sua coragem para a santa causa.

Sim, cada qual entregando-se ao seu génio sem entraves, Paris duplicará a sua importância e a cidade internacional europeia poderá oferecer às artes, à indústria, ao comércio, a todo o tipo de transacções, aos visitantes de qualquer país, uma ordem imperecível. Um desafio dos seus concidadãos que não poderá ser interrompido pelas ambições monstruosas de pretendentes monstruosos.

A nossa era vai começar, curiosa coincidência! Domingo é o próximo dia da Páscoa. Será esse dia que verá a nossa ressurreição! Adeus ao mundo velho e sua diplomacia!


GUSTAVE Courbet

Texto editado pelo Journal Officiel de la Commune de 5 de Abril de 1871


Fonte:http://www.theyliewedie.org/ressources/biblio/fr/Increvables_anarchistes_-_Courbet_Proudhon_et_la_commune_de_Paris.html


Divulgação: Informação- Debate - Exposição 18 de janeiro 1934 - Memória libertária e revolucionária

 

 

Sexta-feira 18 de Janeiro às 21.00 horas no Espaço MUSAS    

(Rua do Bonjardim, 998   Porto  Metro Faria Guimarães)

 

Sessão informativa, debate e exposição em torno da memória libertária e revolucionária nos trilhos das sempre actuais lutas laborais.

 

Organização: AIT-SP Porto e Colectivo Anarquista HIPÁTIA


Apontamentos sobre: Les yeux de la langue. L'abîme et le volcan. J. Derrida

Jacques Derrida, Les Yeux de la langue. L’abîme et le volcan.Paris : Galilée, 2012.

 

Apresentação do editor:

 

« Ce pays est pareil à un volcan où bouillonnerait le langage.  On y parle de tout ce qui risque de nous conduire à l’échec, et plus que jamais, des Arabes.  Mais il existe un autre danger, bien plus inquiétant que la nation arabe et qui est une conséquence nécessaire de l’entreprise sioniste :  qu’en est-il de l’« actualisation » de la langue hébraïque ? Cette langue sacrée dont on nourrit nos enfants ne constitue-t-elle pas un abîme qui ne manquera pas de s’ouvrir un jour ? […] Quant à nous, nous vivons à l’intérieur de notre langue, pareils, pour la plupart d’entre nous, à des aveugles qui marchent au-dessus d’un abîme. Mais lorsque la vue nous sera rendue, à nous ou à nos descendants, ne tomberons-nous pas au fond de cet abîme ? […] Un jour viendra où la langue se retournera contre ceux qui la parlent. […] Ce jour-là, aurons-nous une jeunesse capable de faire face à la révolte d’une langue sacrée ? […] »

 

Carta de Gershom Scholem a Franz Rosenzweig, 1926:

 

« Cette lettre, cette “Confession au sujet de notre langue”, « n’a pas de caractère testamentaire bien qu’elle ait été retrouvée après la mort de Scholem, dans ses papiers, en 1985. Néanmoins, la voici qui nous arrive, elle nous revient et nous parle après la mort de son signataire ; et dès lors quelque chose en elle résonne comme la voix d’un fantôme.Ce qui donne une sorte de profondeur à cette résonance, c’est encore autre chose : cette voix de revenant qui met en garde, prévient, annonce le pire, le retour ou le renversement, la vengeance et la catastrophe, le ressentiment, la représaille, le châtiment, la voici qui ressurgit à un moment de l’histoire d’Israël qui rend plus sensible que jamais à cette imminence de l’apocalypse. Cette lettre a été écrite bien avant la naissance de l’État d’Israël, en décembre 1926, mais ce qui fait son thème, à savoir la sécularisation de la langue, était déjà entrepris de façon systématique depuis le début du siècle en Palestine. On a parfois l’impression qu’un revenant nous annonce le terrifiant retour d’un fantôme. »


Todo o texto é escrito em torno da carta inédita de Gershom Scholem, escrita em alemão e reproduzida na íntegra no início do livro reflectindo sobre a secularização da língua hebraica e o carácter «vingativo» da língua sagrada submetida a actualizações: « [...] le mal ne consistera pas seulement dans la perte de la langue sacrée, donc de l'hébreu, donc de l'essentiel du sionisme, mais en un retour vengeur de la langue sacrée qui se retournera violemment contre ceux qui la parle (gegen ihre Sprecher ausbrechen), contre ceux qui l'ont profanée.» (2012:23). Derrida revisita o pensamento de Scholem contextualizando o seu trabalho cabalístico; aponta a teoria da nomeação de Walter Benjamin, «Sprache ist Namen», esclarecendo que o nome neste caso não é a categoria sintáctica, mas o fenómeno ou o poder da nomeação; menciona a abordagem ao sagrado feito por Espinosa, sendo que a actualização e/ou a secularização de uma língua sagrada assemelha-se a uma dessacralização e traz o trabalho da relação do ser com a língua de Heidegger, principalmente na sua abordagem ao mundo procurando ficar longe da pegada «ocidental» e relembra o trabalho de Kant, intitulado «Antropologia do ponto de vista pragmático». Para Derrida permanece a questão fundamental de pensar na língua na sua relação com a cultura e o pensamento ocidental (um pensamento platónico e cristão) e, segundo ele, ainda mais para um judeu. Derrida coloca três questões: « [...] que peut-on traduire, dans l'hébreu sacré ou dans la sémantique qu'il enjoint, par Verweltlichung? Quel est l'équivalent juif pour l'opposition spirituel/mondain, sacré/séculaire, etc.? Y en a-t-il un et quel en est l'enjeu pour cette «confession» au sujet de notre langue (Bekenntnis über unsere Sprache)?» (2012:73)

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