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ARESTAS

ARESTAS

TOPIAS no Gato Vadio com Alphaville

Hoje, às 21 horas no Gato Vadio (Rua do Rosário 281 - Porto) com ALPHAVILLE (1965) DE GODARD

Era uma vez um cineasta que nos disse que para fazer um filme bastava uma rapariga e uma arma. Eis a presença dos dois nesta lenda cinematográfica: uma rapariga, Natacha e uma arma, a de Lemmy Caution.

 

Entre o ensaio, o filme policial, o filme de ficção científica e o western, os géneros ecoam uns nos outros recheados de referências à literatura, mas também ao cinema. Quando chegamos a Alphaville, é num Ford Galaxy após 9 mil quilómetros, precisamente às 24h17m hora oceânica, para não esquecer a desventura de 1984 (Orwell). Entre as sombras e as luzes, o alvo é o Professor Von Braun (Leonardo Nosferatu) tecendo laços com Lang e Murnau. As palavras mecânicas, precisas e rugosas de Alpha 60 convocam Borges e Schopenhauer, mas as palavras do poeta emergem do esquecimento numa «capital da dor».

 

Godard utiliza para este filme os cenários reais de Paris, onde constam planos da “Maison de la Radio”, transformando-os aos olhos do espectador numa cidade longínqua, semelhante a uma descida aos infernos, noutra galáxia. Um espaço circular acolhe a lógica predominante, onde não há nem passado, nem futuro para esta sociedade anestesiada, mas onde apenas impera o presente. 

 

É a história da tecnocratização da sociedade – é Alpha 60 o computador que calcula os passos mais lógicos segundo os quais se constrói o rumo da sociedade e dentro da qual a espontaneidade e a imprevisibilidade do ser humano são banidas. O que é o amor, o que significa consciência? Perguntará Natacha.

 

No entanto, as ações calculadas de forma lógica tornam-se absurdas à luz da imagem humana. Alpha 60 assemelha-se a uma Esfinge que sucumbe ao desvendar de um enigma.

 

É neste ponto que Godard foca a sua mensagem principal: a ideia de que a lógica perde a sua validade num contexto social se não houver qualquer tipo de sensibilidade humana envolvida.

 

Evocando as palavras de Deleuze sobre o cineasta, apelidado de «cinema E» (E =conjunção coordenativa), o espectador é instigado a fazer a sua colagem. E podemos estabelecer um paralelo com a atualidade para quem quiser ver verdadeiramente. E «basta avançar para viver, seguir em frente na direção daqueles que amamos». E era uma vez um filme...

 

Divulgação Ciclo de Cinema U/Dis TOPIAS 24 de novembro

Sessão dia 24 de Novembro

Metropolis, Fritz Lang, 1927, 145 min (versão restaurada em 2010).

É um filme mudo e a preto e branco, da corrente do expressionismo alemão, de ficção científica, realizado por Fritz Lang em Weimar. Conta-nos uma história de luta contra uma sociedade distópica, dividida em classes, através uma estética muito dramática típica do cinema mudo. Entre utopia e distopia, Metropolis convida-nos a refletir sobre a nossa humanidade partilhada.

Um filme no Gato Vadio

 

Vegas (2009) a 17 de Agosto no Gato Vadio


Sinopse: Thomas, Marianne e Terje são três jovens que, após uma série de acontecimentos, se encontram num lar de acolhimento temporário até que a sua situação encontre uma solução. No sofrimento silencioso destas vidas dilaceradas, laços são criados entre estes três jovens em busca de afecto e de um lar que seja seu. Marianne, jovem irreverente e impulsiva, anda de famílias em famílias procurando o momento e o apoio para ficar com os tios. Thomas e seu irmão, que foram retirados à mãe, após terem presenciado uma situação de violência doméstica, acabam por encontrar-se esporadicamente, enquanto Thomas procura convencer a mãe de os trazer de volta para casa. Terje, após a morte acidental da sua mãe, confrontado com a rejeição do seu pai, que o culpabiliza do sucedido, procura o afecto tacteando pistas e ilusões. Os três jovens apoiam-se mutuamente na busca que cada um tenta fazer para alcançar o que pretende entre momentos de violência e de compreensão afectuosa. O desenlace final não corresponde ao que os jovens procuraram alcançar, contudo o retrato psicológico das personagens, desenhado a partir das suas acções, é coerente com o resultado final. O percurso de Thomas fica em aberto. Marianne vai presa e Terje mergulha nas águas frias onde a mãe desaparecera.

Realizador: Gunnar Vikene
Cenaristas: Torun Lian, Gunnar Vikene
Data: 25 Setembro 2009 (Noruega)

Comentários: Uma narrativa fílmica que se desenvolve lado a lado com a diegese. Planos aproximados apenas suficientes para entrar, sem envolvimento emocional excessivo, no espaço íntimo de cada personagem. Uma reflexão sobre a natureza humana no seu desejo comum e simples de afecto. Uma viagem silenciosa ao trabalho interior que cada personagem, enquanto ser humano,  processa à sua maneira, com as suas forças e fraquezas. Nenhuma mensagem moralista, a vida real situa-se muito além, encontra-se no espaço imprescindível do mais simples afecto, posto que o conceito de família permanece frágil nos laços de sangue que o conformam. A frieza das imagens não configura uma humanidade vencida, mas a possibilidade de lutar por ela, mesmo na maior solidão.

Questionar

 

No dia 19 de fevereiro, visionámos «Death in Gaza» de James Miller. Trata-se e uma reportagem, posto que todas questões colocadas seguem um guião e uma ordem semântica, vinculada aos vocábulos mais utilizados pela imprensa, quando se trata do médio oriente, e, de forma mais específica, do olhar do mundo ocidental sobre o mundo muçulmano.
O documento videográfico acaba por não ir ao encontro do guião, dado o desfecho da reportagem: a morte de James Miller. Assim, todas as questões deveriam de ser, novamente, colocadas.
Em vez de procurar na resistência palestina as falhas éticas, seria importante desvendar a violência cometida de forma arbitrária e sistemática pelo lado israelita.
Em vez de deixar entender que os actos violentos são obra de mercenários, de beduínos árabes, procurar aprofundar a justeza desta afirmação e fundamentá-la.
Em vez de utilizar o termo «mártir» com a conotação negativa, depreciativa e assustadora que nos foi inculcada pelos media, revisitar o vocábulo no seio da comunidade que o emprega.
Em vez de nos mostrar uma ideia limitada a aspectos nacionalistas do ensino nas escolas palestinas, verificar a eminência do desaparecimento de uma cultura e de um povo ancestral, cuja identidade e nacionalidade requer tanto cuidado como qualquer outra.
 

Publicada por GAP

«Inteligência pura em comunicação com Outras Inteligências?» – Breve pista para outra abordagem à causa palestina.

«Essayer, un moment, de vous intéresser à tout ce qui se dit et à tout ce qui se fait, agissez, en imagination, avec ceux qui sentent, donnez enfin votre sympathie son plus large épanouissement : comme sous le coup de baguette magique vous verrez les objets les plus légers prendre du poids, et une coloration sévère passer sur toutes choses. Détachez-vous maintenant, assister à la vie en spectateur indifférent : bien des drames tourneront à la comédie. (…) Le comique exige donc enfin, pour produire tout son effet, quelque chose comme une anesthésie momentanée du cœur. Il s’adresse à l’intelligence pure.» Bergson (1985 : 4) Le rire. Paris : PUF.



No passado sábado 5 de Fevereiro iniciou-se o segundo ciclo de cinema-debate promovido pelo GAP no Gato Vadio. Este ciclo começou com um filme que pertence ao género da ficção, mais precisamente, segundo a crítica, trata-se de uma «tragicomédia burlesca». O filme, Intervenção Divina é constituído por uma série de pequenos quadros que se completam pouco a pouco. Trata-se de uma «história de amor e de dor» composta por fragmentos e repetições do quotidiano de que se destaca a absurdidade kafkiana da situação vivida na Palestina, mais precisamente, neste caso, na Cisjordânia, entre Jerusalém e Ramallah.

Intervenção Divina data de 2002 e ganhou o Prémio do Júri no Festival de Cannes nesse mesmo ano. Na nossa opinião a questão do género merece uma atenção particular tendo em conta três aspectos: 1- a percepção dos espectadores que procuraram no filme o retrato fiel e documental da realidade palestina; 2- considerando as palavras pertinentes e reveladoras de Jean-Luc Godard, no seu filme intitulado «Notre Musique»(2003), acerca do facto da «Palestina juntar-se ao documentário e Israel à ficção» e, por último; 3- porque a Academy of Motion Picture Arts and Sciences colocou certos entraves à candidatura deste filme de Élia Suleimane ao Óscar:
"The academy does not accept films from countries that are not recognized by the United Nations, Pavlik said, adding it also had to be nominated by a committee of recognized filmmakers from Palestine. Pavlik said in both cases "Divine Intervention" might have failed the test. Palestine does not have membership in the United Nations but is recognized as an "entity" that has "observer status" in the international body." ("Oscar escapes Mideast dispute," Toronto Star, 9 December 2002)
Entre realidade e ficção, quando as inteligências se recusam à comunicação, a pertença terrestre e a identidade humana da Palestina e do seu Povo encontram-se seriamente em risco.

Preparando a participação no Fórum Social Mundial em Dakar

 

 

 

«Si vous êtes intéressé pour visionner le film entier ou le diffuser . Contactez nous jbfave@free.fr

http://negritude.free.fr Douze premières minutes du film documentaire "Négritude : Naissance et expansion du concept" réalisé par Nathalie Fave et Jean-Baptiste Fave, Maison Africaine de la Poésie Internationale, tourné au Sénégal en 2005, 56'.

Avec des interventions d'Amadou Lamine Sall, Racine Senghor, Lylian Kesteloot, Jean-Louis Roy, Jacqueline Lemoine, Gérard Chenêt, Victor Emmanuel Cabrita, Nafissatou Dia Diouf, Amadou Ly,Youssoufa Bâ, Raphaël Ndiaye, Alioune Badara Bèye, Hamidou Dia, Georges Courrèges, Baba Diop.

Léopold Sedar Senghor, qui fut tour à tour député du Sénégal en France, premier président Sénégalais lors de l’indépendance du Sénégal en 1960, puis académicien, a marqué fondamentalement l'histoire du Sénégal, les peuples négro-africains, mais aussi l’humanité. C’est à travers le concept de la négritude, initié tout d’abord par Aimé Césaire, que l’on peut comprendre la pensée et l’action de Senghor. La négritude était un concept, Césaire invente le mot mais Senghor en fera la fortune. Il nous a semblé important de rappeler dans un film documentaire en quoi résidait ce concept de négritude, ses fondements et ses problématiques. Dans cette partie, nous nous concentrons sur l'histoire, depuis la naissance de la négritude, jusqu'à son expansion au Sénégal sous Léopold Sedar Senghor entre 1960 et 1980.

THEMES ABORDES définitions.ambiguïtés du concept.contexte historique.histoire et fondements.la diaspora africaine et la negritude.manifestations concrètes sous Senghor.Retombés et reproches des années Senghor. Negritude et métissage culturel. Négritude et universel. si vous êtes intéressé pour visionner le film entier ou le diffuser: contactez nous jbfave@free.fr.»

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